Câmara dos Deputados aprova projeto de lei que prevê transição para o fim da desoneração da folha de pagamento e alíquota cheia do INSS

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (12) o Projeto de Lei (PL) nº 1.847/24, que propõe uma transição de três anos para o fim da desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia, assim como a cobrança de alíquota cheia do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em municípios com até 156 mil habitantes. Esta aprovação representa uma importante mudança no sistema de contribuições das empresas beneficiadas, que atualmente podem optar por pagar uma contribuição social sobre receita bruta com alíquotas variando de 1% a 4,5%, em vez dos 20% de INSS sobre a folha de salários.

De acordo com o texto aprovado, entre os anos de 2025 e 2027, haverá uma redução gradual da alíquota sobre a receita bruta e um aumento progressivo da alíquota sobre a folha de pagamento. A partir de 2028, as empresas voltarão a pagar os 20% incidentes sobre a folha e a alíquota sobre a receita bruta será extinta. Esta medida visa equilibrar a arrecadação previdenciária e promover um sistema mais justo e sustentável para o país.

Além disso, durante a sessão, a Casa aprovou um destaque ao texto que disciplina a apropriação de depósitos judiciais e recursos esquecidos nos bancos pelo Tesouro Nacional. Com 231 votos a favor e 54 contrários à emenda, foi estabelecido que os saldos não reclamados serão apropriados pelo Tesouro Nacional como receita primária e considerados para verificação do cumprimento da meta de resultado primário.

Este projeto de lei foi uma resposta ao julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que considerou inconstitucional a prorrogação da desoneração da folha de pagamento até 2027. Por isso, um acordo foi fechado para manter as alíquotas para 2024 e buscar fontes de financiamento para os anos seguintes. Agora, o texto segue para sanção presidencial, representando um avanço significativo na reforma da previdência e na busca por um sistema tributário mais eficiente e equitativo para o Brasil.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo