O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou a forte demanda identificada no segmento e ressaltou a importância estratégica do reflorestamento para a descarbonização e o combate às mudanças climáticas. Segundo Mercadante, o plantio em larga escala de árvores é essencial para a captura de carbono e a preservação ambiental.
O Florestas Crédito faz parte de um pacote de projetos que também inclui o Arco de Restauração na Amazônia, o programa Floresta Viva e a Concessão Florestal, todos voltados para a recomposição de áreas desmatadas e o estímulo à captura de carbono. A diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, ressaltou a importância da agenda de florestas para o banco, destacando que o setor apresenta potencial econômico e climático, além de impactos positivos sobre a biodiversidade e o emprego.
Empresas que se dedicam ao reflorestamento, como a startup Mombak, encontram desafios para obter recursos financeiros, mesmo junto a fundos de investimento acostumados ao risco. No entanto, iniciativas como o Florestas Crédito e o apoio do Banco Mundial estão abrindo caminho para que mais investidores se interessem por negócios relacionados ao reflorestamento e à captura de carbono.
Além dos benefícios financeiros e empresariais, as ações de reflorestamento têm um impacto fundamental para o meio ambiente, contribuindo para a proteção da biodiversidade e a mitigação das mudanças climáticas. O climatologista Carlos Nobre, membro do conselho de administração do BNDES, ressalta a importância de programas de restauração e reconstituição de matas, destacando a necessidade de zerar o desmatamento e ampliar as áreas reflorestadas para evitar o colapso ambiental.
Com o lançamento do Florestas Crédito e outras medidas ambientais do BNDES, o Brasil busca se posicionar como um dos principais atores globais na área de restauração florestal, com iniciativas que visam combinar sustentabilidade, impacto econômico e preservação ambiental.