O líder do governo, senador Jaques Wagner (PT-BA), justificou o adiamento alegando que o texto tramita há muitos anos e que sua aprovação acarretaria em despesas sem fonte de financiamento, o que representaria um problema do ponto de vista fiscal. Wagner solicitou um prazo para tentar chegar a um consenso sobre o projeto antes da votação.
Segundo o substitutivo aprovado pela Câmara em 2024, o benefício de segurado especial da Previdência Social seria estendido também a trabalhadores associados a cooperativas, inclusive como dirigentes ou conselheiros, além daqueles que exerçam mandato de vereador no município onde atuam no campo. Atualmente, a lei menciona apenas os associados a cooperativas agropecuárias ou de crédito rural.
O relator do projeto, senador Flávio Arns (PSB-PR), ressaltou que a proposta não amplia as categorias abrangidas pelo regime de segurado especial e, portanto, não teria impacto negativo sobre a previdência. Para Arns, o projeto é aguardado pela Organização das Cooperativas do Brasil (OCB) e teve ampla discussão na Câmara dos Deputados, com a concordância do governo.
A votação adiada do PL 1.754/2024 será retomada na próxima semana, quando se esperam sessões semipresenciais que possibilitem uma evolução no entendimento do texto antes da deliberação final. O líder do governo, Jaques Wagner, reiterou seu posicionamento contra a aprovação do projeto, alertando para a possibilidade de veto presidencial caso a proposta seja aprovada sem um consenso prévio.