Além de São Félix do Xingu, outras cidades paraenses também figuram na lista, como Altamira, com 1.598 focos, e Novo Progresso, com 1.161. A situação tem impactado a vida dos moradores, com a constante presença de fumaça afetando escolas e comunidades rurais.
Em São Félix do Xingu, a secretária-geral da Escola Municipal de Ensino Fundamental Pássaro Azul, Kríssia Evangelista, relata uma situação insustentável. A fumaça tem provocado problemas respiratórios nas crianças, levando os pais a manterem os filhos em casa. A escola precisou adaptar suas atividades para o ensino a distância.
A falta de prevenção também afeta os produtores locais, como os assentados que vivem da produção de cacau. O padre Danilo Lago, da Comissão Pastoral da Terra, destaca os prejuízos causados pelo fogo, especialmente quando atinge as plantações de cacau.
O estado de Mato Grosso também enfrenta um grande número de focos de incêndio, devido à seca intensa e altas temperaturas. O governo local afirma ter mobilizado bombeiros e brigadistas para combater as chamas e aplicado multas por uso irregular do fogo.
Diante desse cenário preocupante, é essencial que as autoridades públicas ajam de forma enérgica para conter os incêndios e proteger o meio ambiente. A população também pode colaborar adotando medidas de prevenção e denunciando atividades ilegais que contribuam para os focos de fogo. A conscientização e ações conjuntas são fundamentais para preservar a natureza e garantir a qualidade de vida das comunidades afetadas.