Previsão da OMM indica atraso na chegada do fenômeno La Niña para o final do ano, trazendo incertezas climáticas.

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgou nesta quarta-feira (11) uma atualização em suas previsões meteorológicas, indicando que o fenômeno La Niña, que geralmente traz chuvas e temperaturas mais baixas, poderá atrasar sua chegada e não ocorrer até o final deste ano, como inicialmente previsto.

Segundo o órgão, a probabilidade de transição das atuais condições neutras para um episódio de La Niña é de 55% para o período de setembro a novembro e de 60% para outubro a fevereiro. Isso representa uma mudança em relação às previsões anteriores, que apontavam para uma maior chance de La Niña entre julho e setembro e agosto e novembro.

O La Niña é caracterizado pelo resfriamento das temperaturas da superfície do oceano no Pacífico equatorial central e oriental, influenciando a circulação atmosférica tropical e os padrões de ventos e precipitações.

No Brasil, este fenômeno geralmente resulta em mais chuvas para a região amazônica, que atualmente enfrenta seca extrema e incêndios florestais, e em menos precipitação para o Sul do país, que foi afetado por fortes chuvas ao longo do último ano.

É importante ressaltar que tanto o El Niño quanto o La Niña são fenômenos naturais que agora ocorrem em meio às mudanças climáticas induzidas pelo homem, que estão aumentando as temperaturas globais e causando condições climáticas extremas.

A secretária-geral da OMM, Celeste Saulo, destacou que, mesmo com a possibilidade de um La Niña de curto prazo, a trajetória de longo prazo do aumento das temperaturas globais devido aos gases de efeito estufa na atmosfera não será alterada. Os últimos nove anos foram os mais quentes já registrados, o que reforça a importância de sistemas de alerta precoce para proteger as populações de eventos climáticos extremos.

Em resumo, as previsões da OMM apontam para um possível atraso na chegada do La Niña e alertam para os impactos das mudanças climáticas nas condições meteorológicas globais. Como jornalista é importante estar atento a essas informações e comunicar de forma clara e precisa para o público.

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