Desde jovem, Souza nutriu um amor pela leitura, explorando a pequena coleção de livros de seu pai e tornando-se um ávido frequentador de livrarias. Sua sede por conhecimento o levou a consumir literatura não só em português, mas também em outras línguas, ampliando ainda mais seu repertório.
Além disso, o escritor teve uma forte ligação com as artes, frequentando cinemas, teatros e até mesmo atuando como crítico de cinema aos 13 anos. Sua mudança para São Paulo aos 17 anos, onde estudou ciências sociais na USP e se dedicou ao cinema, foi marcada por perseguições políticas durante a ditadura militar.
Apesar das adversidades, Souza retornou a Manaus em 1973 e iniciou uma bem-sucedida carreira literária. Seu primeiro romance, “Galvez, Imperador do Acre”, foi publicado aos 20 anos e ele seguiu escrevendo obras que foram traduzidas para mais de 30 países, incluindo “Lealdade” e “Mad Maria”.
Além de sua contribuição para a literatura, Márcio Souza também se destacou como diretor de teatro, presidente da Funarte e ocupante da cadeira 25 da Academia Amazonense de Letras. Sua atuação no cenário cultural brasileiro deixou um legado que será lembrado por muitas gerações. A morte do escritor em agosto deste ano deixou um vazio no mundo das letras, mas seu trabalho continua vivo e inspirador para todos aqueles que apreciam a literatura e a cultura amazônica.