Repórter São Paulo – SP – Brasil

Denúncia contra Governo de São Paulo por aumento de letalidade policial será apresentada à ONU na próxima semana.

O Governo de São Paulo, sob a gestão de Tarcísio de Freitas, será alvo de uma nova denúncia apresentada ao Conselho de Direitos Humanos da ONU na próxima semana. A iniciativa partiu da Conectas Direitos Humanos e pretende chamar a atenção para o aumento de 94% no número de mortes causadas por policiais militares em serviço no estado paulista no primeiro semestre deste ano. Segundo a organização, esses óbitos têm atingido de forma desproporcional pessoas negras e de baixa renda.

Durante a 57ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, marcada para a próxima quarta-feira (18), a Conectas irá destacar o programa Olho Vivo, que introduziu câmeras corporais nos uniformes da PM e contribuiu significativamente para a redução da letalidade policial em São Paulo. No entanto, a entidade também apontará os esforços do governador em favor do encerramento do programa, mesmo com sua eficácia comprovada.

A Conectas ressaltará que, apesar de a questão estar sendo acompanhada pelo STF, propostas apresentadas pela gestão Tarcísio ameaçam distorcer o uso das câmeras e representam um retrocesso. Em uma declaração preparada pela organização, destaca-se a urgência de garantir a ampla implementação do programa de câmeras nas forças policiais e a necessidade de diretrizes que assegurem o controle da letalidade policial e a proteção aos policiais.

Para a Conectas, essas medidas são essenciais para proteger vidas e construir confiança na aplicação da lei. Esta não é a primeira vez que a organização recorre à ONU para denunciar a conduta do governador Tarcísio, que já foi acusado de investir deliberadamente na violência policial contra pessoas negras e pobres, especialmente durante a Operação Verão na Baixada Santista.

Em resposta às acusações, o governador demonstrou tranquilidade com as ações de seu governo, ignorando as críticas e desqualificando as denúncias perante organismos internacionais. A situação promete gerar debates acalorados e levantar questões sobre a segurança pública em São Paulo e no Brasil como um todo.

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