Repórter São Paulo – SP – Brasil

Cidades do interior de São Paulo avaliam racionamento de água após mais de 150 dias sem chuva e aumento do calor

Após mais de 150 dias sem registrar chuva, algumas cidades do interior de São Paulo estão avaliando a possibilidade de adotar medidas de racionamento de água nas próximas semanas. A falta de chuvas e o calor intenso têm contribuído para a queda na captação de água e para o aumento do consumo pela população.

Um exemplo é São José do Rio Preto, que não recebe um volume expressivo de chuva desde abril. No período de janeiro a setembro deste ano, a cidade registrou apenas 47% da quantidade de chuva do mesmo período do ano anterior. Isso já está gerando problemas na captação de água, com a redução do volume captado na represa municipal.

Para tentar contornar a situação, a prefeitura tem aumentado a atividade nos poços até o limite de operação, passando de 16 para 22 horas de captação. No entanto, essas medidas podem não ser suficientes para abastecer a cidade, que já apresentou um aumento de 3,09% no consumo de água em agosto.

Diante desse cenário preocupante, a prefeitura de São José do Rio Preto está considerando a possibilidade de implantar um sistema de racionamento de água, caso não chova nos próximos dias ou ocorra uma redução no consumo. Uma reunião foi agendada para a próxima semana para discutir essa medida.

Outra cidade afetada pela falta de chuva e pelo calor intenso é Birigui, que está enfrentando problemas de abastecimento de água. A prefeitura já recorreu a cidades vizinhas para garantir o fornecimento de água em alguns bairros e tem utilizado poços artesianos de empresários locais para ajudar na captação e distribuição de água para a população.

Além da escassez de água, também há preocupação com as queimadas na região. Em Sorocaba, um decreto de emergência climática foi publicado com multa para quem provocar incêndios em áreas de mata, após um grande foco de queimada atingir a cidade. A preocupação é com a segurança da população, dos animais e com a saúde respiratória de todos.

Diante desse cenário crítico, as autoridades municipais estão adotando medidas emergenciais para garantir o abastecimento de água e prevenir novos problemas ocasionados pela falta de chuvas e pelas altas temperaturas. A população também precisa colaborar, economizando água e evitando desperdícios, para enfrentar essa crise hídrica.

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