O atual prefeito, Ricardo Nunes, tem sido criticado por sua omissão diante da crise, priorizando evitar desgastes eleitorais em detrimento da saúde da população. Em sua gestão, não foram apresentadas medidas emergenciais efetivas para enfrentar o problema da poluição do ar. A distribuição de água em tendas, anunciada pela prefeitura, não parece ser uma resposta adequada para uma questão tão grave.
Os demais candidatos também não apresentam propostas contundentes para resolver a questão da qualidade do ar na cidade. Medidas como plantar árvores em zonas verdes, promover corredores verdes e incentivar a mobilidade sustentável são importantes, mas isoladamente não são suficientes para enfrentar a crise de poluição. É necessário um plano mais abrangente e eficaz para garantir que São Paulo tenha um ar respirável.
Parâmetros internacionais, como os da iniciativa Clean Air Accelerator, sugerem a implementação de medidas como zonas de baixa emissão de carbono, restrição à circulação de veículos pesados, monitoramento constante da qualidade do ar e investimento em transporte coletivo de qualidade. No entanto, ainda falta um comprometimento efetivo por parte dos governantes para adotar essas políticas e garantir um ar limpo para a população.
Enquanto o governo federal precisa agir no controle das queimadas, o Congresso deve combater o negacionismo e o setor agropecuário deve cessar as queimadas, é fundamental que as cidades assumam sua responsabilidade em garantir a saúde e bem-estar dos cidadãos. O tema da poluição do ar deve ser colocado em destaque na agenda política, mostrando que os candidatos estão realmente comprometidos em proporcionar uma cidade mais saudável e sustentável para todos os habitantes.