Apesar dos avanços, ainda existem desafios a serem superados, especialmente em relação à desnutrição infantil. Dados indicam que as taxas de desnutrição variam significativamente entre crianças de diferentes grupos socioeconômicos. Enquanto houve uma diminuição na desnutrição entre crianças negras e não negras, as crianças indígenas experimentaram um aumento alarmante de 13,9%.
Essa disparidade na desnutrição infantil está relacionada à desigualdade no acesso aos serviços de saúde e nutrição, bem como ao racismo estrutural que afeta as populações indígenas. Além disso, a alteração do clima em territórios indígenas demarcados impacta diretamente a produção de alimentos, levando a escassez e comprometendo a segurança alimentar dessas comunidades.
A desigualdade também é evidente entre os idosos, com os idosos indígenas apresentando um aumento significativo na desnutrição. É crucial que as políticas de segurança alimentar sejam ajustadas para atender às necessidades específicas de cada grupo, com foco na redução das desigualdades de gênero e raça. Programas como o Bolsa Família e o Programa de Aquisição de Alimentos precisam ser expandidos e adaptados para alcançar os mais vulneráveis.
Para garantir a equidade de renda e o acesso a recursos para todos os grupos sociais, é fundamental promover políticas que melhorem a segurança alimentar e nutricional. O monitoramento constante da insegurança alimentar e a avaliação das políticas públicas são essenciais para garantir que as intervenções sejam eficazes e contribuam para a redução da fome no país.