De acordo com Flavio Azevedo, o pedido de impeachment de Alexandre de Moraes conta com o apoio de 34 senadores, cerca de 157 deputados federais e 1,4 milhão de cidadãos. O senador questionou a falta de oportunidade para que os parlamentares avaliem os atos, ilícitos ou não, de um ministro do STF. Azevedo também criticou o fato de o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ter o poder de decidir, de forma unilateral e sem justificativa clara, pelo arquivamento do pedido.
“Ninguém quer cometer arbitrariedades com ninguém. Queremos analisar um pedido. Caso essa análise seja favorável para a abertura de um impeachment, abre-se o impeachment. Caso contrário, manda-se arquivar o processo. Mas uma única pessoa, no caso o senhor presidente desta Casa [Rodrigo Pacheco], mandar arquivar um pedido com tamanha amplidão de apoiadores, permita-me o presidente desta Casa, é uma arbitrariedade sem tamanho. Uso o termo arbitrariedade para não usar outros termos mais fortes”, afirmou o senador.
As declarações de Flavio Azevedo geraram grande repercussão no âmbito político, com debates acalorados sobre a separação dos poderes e a autonomia do Legislativo em relação ao Judiciário. A postura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, também foi questionada por diversos parlamentares e analistas políticos, que levantaram a importância de garantir a imparcialidade e transparência nos processos de impeachment.
Diante desse cenário, o tema continua em destaque na agenda política nacional, com a expectativa de novos desdobramentos e a possibilidade de uma maior abertura para a análise dos pedidos de impeachment contra autoridades do Judiciário. A postura do senador Flavio Azevedo também colocou em evidência a importância do debate democrático e do respeito às instituições no contexto atual do país.