O crime ocorreu no Morro do Macaco, em Guarujá, no litoral paulista, onde a vítima, Rogério Andrade de Jesus, foi encontrada morta em sua casa com um tiro de fuzil no tórax. As investigações apontam que os policiais teriam colocado uma arma e um colete à prova de balas no barraco onde o homem foi morto, além de terem bloqueado parcialmente as filmagens das câmeras corporais usadas durante a ação, desrespeitando os protocolos da própria PM.
A defesa dos policiais alega legítima defesa, argumentando que a vítima teria apontado uma arma em direção aos agentes e desobedecido ordens para largar a arma. No entanto, as imagens das câmeras corporais não registraram nenhum indício de confronto, e a vítima não aparece nas imagens antes do disparo fatal.
Além desse caso, outros seis PMs estão sendo investigados por mortes durante a Operação Escudo, com a Justiça ainda analisando se deve arquivar ou levar os casos a tribunal de júri. A operação, que se iniciou após a morte de um policial da Rota, resultou em ao menos 28 mortes em pouco mais de cinco semanas.
As operações na região foram retomadas neste ano devido a novas mortes de policiais, com um saldo oficial de 93 mortos por policiais na Baixada Santista. Considerando todos os casos em que a PM matou nas cidades da região, o total chega a 110 óbitos. A investigação desses casos continua em andamento para garantir a responsabilização dos envolvidos e a transparência nas ações policiais.