A mãe de Pedro relatou que perdeu contato com o filho a partir do dia 1° de setembro, mesma data em que o empresário afirmou tê-lo visto pela última vez em território venezuelano. Apesar das tentativas de contato com o empresário, ele não respondeu aos telefonemas e mensagens da reportagem.
A Polícia Federal brasileira não confirmou se abriu uma investigação sobre o caso, porém a polícia venezuelana foi informada do desaparecimento. O Ministério das Relações Exteriores afirmou que a Embaixada do Brasil em Caracas está acompanhando o caso, prestando assistência consular aos familiares e mantendo contato com as autoridades locais.
De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o último registro de plano de voo da aeronave pilotada por Pedro foi feito em 17 de agosto. O monomotor Bellanca Aircraft, de matrícula PP-ICO, partiria de Boa Vista com destino à Fazenda Flores, no município de Amajari, próximo à fronteira com a Venezuela. O sinal da aeronave foi perdido ao entrar em espaço aéreo sem cobertura de radar, e não houve registros de nova decolagem.
Maria Eugênia afirmou que Pedro costumava informar sobre seus destinos de viagem, mas mentiu sobre a última rota. Ela mencionou que o filho havia tido experiências ruins em voos na Amazônia, incluindo ameaças de empresários do setor de táxi-aéreo devido a reclamações à Anac sobre supostas irregularidades.
A família entrou em contato com ex-proprietários da aeronave, que afirmaram que o piloto estava com Daniel Seabra na Venezuela. Pedro compartilhou informações sobre a rota com um amigo por aplicativo de mensagens, incluindo trechos de diálogos com o empresário. A mãe suspeita de todas as possibilidades, desde um possível sequestro do filho até um acidente envolvendo a aeronave. O empresário negou ter combinado o desligamento do transponder e se comprometeu a enviar as mensagens completas para a Polícia Federal.