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Relatório preliminar aponta falhas no sistema de degelo como possível causa do acidente com avião Voepass em Vinhedo

Nesta sexta-feira, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) divulgou o relatório preliminar sobre o acidente do avião Voepass, que caiu em Vinhedo, interior de São Paulo, causando a morte das 62 pessoas a bordo. O avião, um ATR-72, estava realizando o trajeto entre Cascavel, no Paraná, e o Aeroporto Internacional de Guarulhos, quando perdeu sustentação e caiu minutos antes de chegar ao seu destino.

Segundo a Voepass Linhas Aéreas, o relatório preliminar confirmou que a aeronave possuía o Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) válido, todos os sistemas estavam em funcionamento e os pilotos estavam habilitados para realizar o voo. O relatório indicou que houve falhas no sistema de degelo da aeronave, tanto após a decolagem quanto minutos antes da queda, conforme registrado na caixa-preta.

Os especialistas apontam que o relatório ainda não oferece uma conclusão definitiva sobre a causa do acidente, sendo necessário analisar outros fatores ao longo das investigações. Romildo Moreira, diretor Técnico da Associação Brasileira de Segurança de Aviação (Abravoo), destaca a importância de entender as falhas no sistema de degelo relatadas pela tripulação e a necessidade de investigar por que certos procedimentos não foram adotados corretamente.

Por outro lado, o aviador Fernando Borthole destaca que as informações preliminares não permitem atribuir o acidente diretamente ao acúmulo de gelo, ressaltando que existem diversos fatores que podem ter contribuído para a perda de sustentação da aeronave. Ele também salienta que, apesar dos alertas de diminuição de velocidade, outros fatores podem ter influenciado na situação.

A Voepass reforçou que a investigação do acidente aéreo é um processo complexo e que aguardará o relatório final do Cenipa para apontar as causas do ocorrido. A companhia garante que continua operando de acordo com todos os protocolos de segurança e que está colaborando com as autoridades nas investigações. O foco da empresa é garantir a segurança dos passageiros e da tripulação como prioridade máxima.

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