Ao observar suas esculturas, somos levados a duvidar se é possível uma obra tão pequena caber dentro do buraco de uma agulha. No entanto, o trabalho de Wigan é grandioso e impressionante. Para realizar suas esculturas, ele precisou desenvolver ferramentas especiais, como fragmentos de diamante para esculpir pedra e seus próprios cílios para pintar.
Aos 67 anos, Wigan conta com a ajuda de um microscópio para realizar suas obras com precisão. Ele enfatiza a importância do extremo controle das mãos durante o processo de criação e revela que, mesmo trabalhando cerca de 16 horas por dia, muitas de suas esculturas levam semanas para serem finalizadas.
Desde a infância, o escultor já demonstrava sua paixão por criar pequenas casas para formigas, e ao longo dos anos suas obras foram encolhendo cada vez mais. Recentemente, ele quebrou recordes no Guinness Book com esculturas ainda menores, como uma bicicleta feita de ouro do tamanho de um fio de cabelo e um embrião em Kevlar do tamanho de uma célula sanguínea humana.
Diagnosticado tardiamente com autismo e dislexia, Wigan considera seus desafios como aliados em seu processo de criação. Além dos recordes no Guinness, ele também é doutor honorário e membro da Ordem do Império Britânico, honrarias que refletem seu impacto na sociedade.
Apesar dos reconhecimentos, Wigan mantém a humildade e afirma ter muitos sonhos ainda por realizar. Ele expressa o desejo de uma exposição no Brasil, revelando sua afinidade com a bossa nova e outros gêneros musicais brasileiros. Com seu talento e determinação, Willard Wigan continua a encantar o mundo com suas pequenas formas de arte.