O ministro Toffoli havia argumentado em maio deste ano que a suspensão era necessária devido ao conluio entre o ex-juiz Sergio Moro e procuradores da República que atuavam na Lava Jato. Essa mesma decisão de suspensão foi aplicada em casos de outros investigados na operação. No entanto, a procuradoria recorreu da decisão, alegando que ela não poderia ser estendida a Marcelo Odebrecht.
Após analisar o recurso, a Segunda Turma do STF decidiu, com 3 votos a 2, rever parte da decisão de Toffoli. O colegiado entendeu que a primeira instância deve analisar a suspensão dos processos, porém manteve a anulação dos atos judiciais praticados pela Força-Tarefa da Lava Jato. O ministro Toffoli, juntamente com os ministros Nunes Marques e Gilmar Mendes, votaram a favor desse entendimento.
Por outro lado, os ministros André Mendonça e Edson Fachin ficaram vencidos na votação. Essa decisão do STF demonstra a complexidade e as divergências de opinião que envolvem os processos da Operação Lava Jato, um dos maiores escândalos de corrupção do Brasil. A continuidade da tramitação dos processos contra Marcelo Odebrecht evidencia a importância de se buscar a justiça e a transparência em casos de corrupção.