Seca extrema no rio Madeira gera recordes históricos de baixa cota em Porto Velho e impacta comunidades ribeirinhas

O Rio Madeira, afluente do Rio Amazonas, enfrenta uma situação alarmante de seca extrema, que tem transformado suas margens em bancos de areia a perder de vista na altura de Porto Velho. Essa realidade foi constatada no último dia 3, quando o rio atingiu um nível mínimo recorde na cidade, alcançando a cota de 1,02 m, ultrapassando marcas anteriores registradas em 2023, ano de secas intensas na região.

A seca no Rio Madeira, que já dura semanas, é agravada pela fumaça das queimadas que assolam Rondônia, cobrindo o horizonte e impactando a vida na região. O cenário é de desolação, com um rio praticamente seco, uma situação que afeta diretamente as comunidades ribeirinhas e tradicionais que dependem do rio para sua subsistência.

A falta de chuvas e o aumento das queimadas tornam a estiagem mais severa e duradoura, afetando diversas atividades locais, como o cultivo de banana, mandioca e melancia, que se tornam inviáveis sem água suficiente. A seca também afeta o transporte das mercadorias até Porto Velho, já que o rio não está navegável.

Além dos impactos diretos na produção agrícola e na vida das comunidades, a exploração ilegal de ouro por meio de dragas no Rio Madeira tem sido um problema recorrente na região, gerando conflitos entre garimpeiros e autoridades, além de degradar ainda mais o rio e seu entorno.

Diante dessa situação, as autoridades locais, como a Defesa Civil da Prefeitura de Porto Velho, têm se mobilizado para tentar minimizar os impactos da seca nas comunidades, distribuindo água potável e perfurando poços artesianos para garantir o acesso ao recurso hídrico essencial.

A série de reportagens sobre as Mudanças Climáticas na Amazônia, com apoio da Rainforest Foundation Norway, tem destacado os efeitos devastadores da seca na região, evidenciando a urgência de medidas para enfrentar o problema e proteger as comunidades locais.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo