De acordo com o relatório, o sistema “airframe de-icing” foi ligado e desligado várias vezes durante o voo. O investigador-encarregado da Comissão de Investigação, tenente-coronel aviador Paulo Mendes Fróes, destacou que a tripulação mencionou uma falha no sistema em um dos momentos gravados, enquanto em outro momento o co-piloto comentou sobre a presença de bastante gelo.
As condições meteorológicas no dia do acidente eram desafiadoras, com alta umidade combinada com temperaturas abaixo de 0°C, o que propiciou a ocorrência de Formação de Gelo em Aeronave (FGA) Severa. Apesar da aeronave estar em condições de voar e da experiência da tripulação em voos sob condições de gelo, não houve declaração de emergência aos órgãos de controle do espaço aéreo.
O relatório final da investigação do Cenipa se concentrará em três principais linhas de ação: fator humano, fator material e fator operacional. O objetivo é encontrar os possíveis fatores contribuintes que levaram ao acidente e entregar o relatório final no menor prazo possível.
A aeronave modelo ATR 72, do voo 2283, decolou de Cascavel (PR) com destino ao Aeroporto de Guarulhos e, após um voo normal até as 13h20, perdeu contato com o radar e colidiu com o solo às 13h22. As investigações não visam atribuir culpa, mas sim esclarecer eventuais questões técnicas relacionadas à ocorrência aeronáutica.
Diante dos recentes acontecimentos, a aviação civil brasileira aguarda ansiosamente por mais detalhes e conclusões da investigação do Cenipa para garantir a segurança e a prevenção de futuros acidentes aéreos.