O governo Lula já enfrentou outras crises envolvendo seus ministros. Em abril do ano passado, Marco Edson Gonçalves Dias foi exonerado por causa de sua postura passiva diante dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. As gravações do Palácio do Planalto evidenciaram a atitude do ex-ministro, levando à sua demissão.
Além disso, outras mudanças ministeriais foram realizadas no governo Lula devido a pressões políticas. Ministros como Daniela Carneiro e Ana Moser foram substituídos por novos nomes como parte de acordos políticos com o Congresso Nacional.
A demissão de Silvio Almeida foi anunciada após a ONG Me Too Brasil publicar uma nota acusando o ministro de assédio sexual. O comunicado da entidade veio à tona após a publicação de uma matéria no site Metrópoles. O Me Too Brasil protegeu a identidade das denunciantes, alegando a necessidade de resguardá-las, porém garantiu ter o consentimento das vítimas para expor o caso.
Em resposta às acusações, Silvio Almeida rejeitou veementemente as denúncias e afirmou que é necessário investigar com base em provas concretas. O ex-ministro também divulgou uma nota e um vídeo nas redes sociais para se defender das acusações.
Outros membros do governo também foram alvo de denúncias, como o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, envolvido em um suposto esquema de desvio de verbas. A Polícia Federal o indiciou por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, porém Lula optou por mantê-lo no cargo.
Em meio a essas turbulências políticas, o governo Lula passa por um período de instabilidade, com mudanças constantes no quadro ministerial e escândalos de corrupção abalando a gestão do presidente. A demissão de Silvio Almeida é apenas mais um capítulo nesse cenário conturbado que envolve o alto escalão do governo federal.