A denúncia contra Natalia, feita pelo promotor Felipe Zilberman, acusa-a de homicídio qualificado por motivo torpe. Segundo o MP, a influenciadora se apresentava nas redes sociais como profissional de estética, realizando procedimentos sem ter a devida habilitação. A vítima, Henrique, não foi informada sobre os riscos do procedimento de forma adequada e acabou falecendo devido a complicações causadas pela aplicação do Fenol.
O inquérito conduzido pelo 27º Distrito Policial de São Paulo concluiu que a morte de Henrique foi causada por um edema pulmonar agudo decorrente da inalação do Fenol durante o procedimento estético. A responsável pela clínica onde ocorreu o incidente foi indiciada por homicídio, assumindo o risco de matar a vítima.
O caso gerou repercussão e resultou em mudanças nas regras para procedimentos estéticos envolvendo substâncias perigosas. O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo pediu uma regulamentação mais restrita e fiscalização rigorosa na aplicação de substâncias como o Fenol, restringindo o uso apenas a profissionais habilitados na área da saúde.
Após a pressão do Cremesp, a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu suspender a venda do Fenol para profissionais não médicos, proibindo seu uso em procedimentos estéticos não regularizados. Essa medida foi adotada com o objetivo de evitar novas tragédias como a que resultou na morte de Henrique.
Em suma, o caso de Natalia Becker e Henrique da Silva Chagas serviu de alerta para a importância da segurança e regulamentação nos procedimentos estéticos, visando proteger a saúde e a vida dos pacientes.