Além dos dados sobre domicílios vazios, o Censo também revelou que São Paulo é o município com o maior número de residências desocupadas, chegando a quase 600 mil imóveis. Essa informação chama a atenção para a questão da ocupação e utilização efetiva das moradias no país.
Os domicílios de uso ocasional, conforme classificação do IBGE, englobam diversas situações, como imóveis de veraneio, locação temporária e repúblicas de estudantes, desde que não sejam a residência principal de nenhuma pessoa. Essa categoria inclui não apenas casas e apartamentos, mas também casas de vila ou condomínio, habitações em cortiços e estruturas residenciais degradadas.
É interessante notar que, em grande parte do território nacional, as casas são o tipo predominante de domicílio de uso ocasional. No entanto, em 55 municípios, a situação é diferente, com apartamentos sendo maioria nesse contexto. O destaque vai para cidades litorâneas, como Balneário Camboriú (SC), Santos (SP) e Guarujá (SP), onde a presença de imóveis de veraneio é significativa.
O levantamento também revelou números referentes aos residentes em moradias improvisadas e domicílios coletivos, sendo mais de 50% destes localizados em prisões. Esses dados evidenciam a diversidade e complexidade da questão habitacional no Brasil, apontando para a necessidade de políticas e ações que promovam a ocupação digna e sustentável dos domicílios em todas as regiões do país.