Repórter São Paulo – SP – Brasil

Registro de candidatura de Rodrigo Amorim à prefeitura do Rio de Janeiro é indeferido pelo TRE devido a violência política de gênero.

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) indeferiu o registro de candidatura de Rodrigo Amorim, do partido União Brasil, à prefeitura do Rio de Janeiro. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (5) pela juíza responsável, que considerou Amorim inelegível devido ao crime de violência política de gênero cometido contra a vereadora Benny Briolly. Em maio de 2022, o deputado estadual chamou Briolly de “aberração da natureza” por ela ser uma mulher trans.

Além do indeferimento da candidatura, Amorim teve suspenso o acesso aos recursos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha. Ele também terá que devolver os recursos que já haviam sido disponibilizados em sua conta bancária.

O pedido de impugnação da candidatura partiu da coligação O Rio Merece Mais, do candidato à prefeitura Tarcísio Motta, que inclui os partidos PSOL, Rede e PCB, além do Ministério Público Eleitoral do Estado do Rio de Janeiro.

No mês anterior, Amorim havia obtido um efeito suspensivo da condenação, alegando que era necessário aguardar a conclusão do julgamento de todos os recursos de sua defesa. Entretanto, caso a condenação seja mantida, o deputado ficará inelegível até 2032. O TRE considerou que o efeito suspensivo não altera a inelegibilidade de Amorim.

Em resposta à reportagem da Agência Brasil, a assessoria de Amorim enviou um áudio em que o candidato se manifesta: “Tomei conhecimento da decisão em primeira instância que, contrariando a decisão do desembargador corregedor do TRE, indeferiu minha candidatura. No entanto, já ingressei com recurso cabível. Minha candidatura não muda. Sou advogado, deputado, operador do direito, e continuo confiando nas instituições. Nossa campanha segue firme, nas ruas, e continuará dessa forma”, afirmou Amorim.

O caso de Amorim levanta questões importantes sobre a ética e o respeito na política, especialmente diante de episódios de violência e discriminação contra grupos vulneráveis. A decisão do TRE reforça a importância de se combater a violência política de gênero e garante que agressores sejam responsabilizados por seus atos.

Sair da versão mobile