Apesar de contribuir muito menos para as emissões de gases poluentes em comparação com o mundo industrializado, a África recebe apenas 1% do financiamento global anual para o clima. O continente, que sofre com eventos climáticos extremos, enfrenta um déficit de investimento significativo para mitigar os impactos da crise climática.
Autoridades governamentais africanas destacaram a necessidade de mais recursos, apontando que seriam necessários US $ 1,3 trilhão para amenizar os impactos das mudanças climáticas. No entanto, o continente recebe uma parcela muito pequena dos US $ 100 bilhões em financiamento disponíveis globalmente.
Stiell enfatizou que a África possui um vasto potencial para impulsionar soluções climáticas, mas tem sido prejudicada por subinvestimento. A falta de recursos tem impactado negativamente o desenvolvimento de iniciativas de energia limpa e de adaptação climática na região.
Com secas prolongadas, inundações catastróficas e eventos climáticos extremos se tornando mais frequentes, a produção de alimentos na África tem sido prejudicada, elevando os preços das commodities e agravando a fome. É essencial que a região obtenha mais recursos estrangeiros para lidar com esses desafios.
Diante da COP29, que acontecerá em Baku, as nações africanas estão buscando chegar a um consenso sobre novas metas internacionais de financiamento climático. Inovações em soluções financeiras, como refinanciamento da dívida, swaps e mercados de carbono, são apontadas como estratégias para enfrentar a crise climática de forma mais eficaz e sustentável.