Às vésperas de mais uma eleição no Brasil, nos deparamos com desafios semelhantes. O ambiente eleitoral está repleto de reportagens produzidas por jornalistas, informações divulgadas pelos próprios políticos em redes sociais, opiniões de especialistas e indivíduos sem credibilidade, vídeos e áudios manipulados por inteligência artificial. O ecossistema informacional se expandiu consideravelmente, deixando para trás os tempos em que a comunicação eleitoral se limitava aos programas de rádio e TV.
Embora o acesso a mais informações seja positivo, todos nós precisamos adotar um olhar crítico ao consumir e produzir conteúdos. Reconhecer os problemas é o primeiro passo para garantir um ambiente informacional íntegro, fundamental para a tomada consciente de decisões. Uma pesquisa recente do Instituto DataSenado revelou que a maioria da população brasileira reconhece os riscos das fake news nas eleições, mas ainda enfrenta dificuldades em identificar a veracidade das informações na internet.
Durante o período eleitoral, é essencial fazer perguntas críticas sobre as informações recebidas: quem concebeu a mensagem e com qual intenção? Quem se beneficia ou é prejudicado por essa informação? Qual a fonte da mensagem? Como ela chegou até mim? Construir habilidades para analisar as informações é uma prática essencial para aproveitar o melhor do cenário de superabundância de dados e minimizar os riscos envolvidos.
A responsabilidade de garantir a integridade da informação durante as eleições é coletiva, envolvendo a Justiça Eleitoral, as plataformas de redes sociais, a imprensa e todos os indivíduos. Adotar uma postura mais responsável diante das informações que consumimos é fundamental para preservar a liberdade de expressão e combater a desinformação. Cada um de nós tem muito a ganhar ao desenvolver habilidades para analisar e filtrar as informações que recebemos, contribuindo para um debate político mais saudável e transparente.
