Especialistas consultados pela BBC News Brasil explicaram que uma massa de ar quente está predominando sobre grande parte do território nacional e tende a se fortalecer nos próximos dias. Essa massa de ar quente, denominada “bolha de calor”, é responsável por elevar as temperaturas e dificultar a formação de nuvens de chuva.
Guilherme Borges, meteorologista da Climatempo, ressalta que embora seja esperado um calor intenso, não é possível afirmar se ocorrerão recordes históricos de temperatura. Ele prevê máximas entre 40°C e 44°C nos próximos dias, caracterizando uma onda de calor significativa.
Essa onda de calor atípica para a estação é atribuída às mudanças climáticas, que têm influência nos extremos de temperatura e precipitação observados ultimamente. Segundo os especialistas, a expectativa é que alguns estados, como Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais, Tocantins, Goiás, Distrito Federal, Rondônia, Acre, Amazonas, Pará, Bahia, Piauí e Maranhão, registrem temperaturas acima dos 40°C, com destaque para o Mato Grosso, que poderá atingir mais de 45°C.
O aumento das temperaturas traz consigo preocupações com a saúde pública devido ao tempo seco, que pode ocasionar problemas respiratórios e mal-estar. Além disso, há um alerta para o risco de incêndios florestais, especialmente após o país ter registrado um aumento significativo no número de focos de incêndio em comparação com o ano anterior.
Portanto, a população e as autoridades devem estar atentas aos impactos desse cenário de calor intenso, que não apenas pode gerar desconforto, mas também representa uma ameaça para a saúde e para o meio ambiente. Medidas preventivas e de precaução são essenciais para lidar com os desafios decorrentes desse fenômeno climático.