Um dos pontos enfatizados pelo especialista foi a importância da rejeição dos candidatos como fator determinante nas disputas eleitorais. Lavareda explicou que o instituto Datafolha realiza a medição do chamado “topo da rejeição”, no qual os entrevistados indicam em quais postulantes não votariam de forma alguma. Ele destacou que a alta rejeição de determinados candidatos, como Pablo Marçal, pode chegar a comprometer suas chances de sucesso nas urnas. O sociólogo ressaltou que a rejeição integral de um candidato pode atingir proporções significativas, em torno de 50 pontos percentuais.
Além disso, Lavareda abordou a estratégia de campanha adotada por alguns candidatos, como o caso de Pablo Marçal do partido PRTB. Ele alertou para os efeitos negativos que uma abordagem agressiva e de ataques indiscriminados pode surtir, causando desgaste e elevando os índices de rejeição.
O cientista político também chamou atenção para o apoio de diferentes grupos sociais no contexto eleitoral. Ele ressaltou um fenômeno interessante observado na candidatura de Marçal, denominado de “gap de gênero”, no qual ocorre uma disparidade significativa no apoio entre homens e mulheres. Lavareda indicou que essa diferença pode limitar o crescimento da candidatura do postulante, tornando desafiador alcançar novos eleitores e consolidar um avanço sustentável.
Diante dessas análises, Antonio Lavareda destacou a complexidade do cenário eleitoral em São Paulo e a relevância de fatores como rejeição de candidatos e apoio de diferentes segmentos da sociedade na definição do resultado das eleições municipais.
