Brasil enfrenta pior seca desde 1950, com previsão de agravamento e impactos severos em todo o território nacional.

O Brasil enfrenta atualmente a pior seca já registrada desde 1950, de acordo com dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). Esta seca abrange 5 milhões de quilômetros quadrados do território nacional, afetando 58% do país, número superior ao registrado em 2015.

O Índice de Precipitação Padronizado de Evapotranspiração (SPEI) é utilizado para medir a quantidade de água da chuva e da evapotranspiração das plantas. De acordo com a especialista Ana Paula Cunha, o Brasil está passando por uma seca intensa, com o índice atingindo -1,94, o pior indicador da série histórica, em março de 2024.

Segundo os dados, a seca predomina em diversos municípios brasileiros, com 3.978 deles enfrentando algum nível de seca, sendo que 201 estão em situação extrema. São Paulo é o estado com maior número de municípios nessas condições, seguido por Minas Gerais e Mato Grosso.

A previsão do Cemaden é que o número de municípios afetados pela seca aumente para 4.583 neste mês. O monitoramento aponta para o atraso nas chuvas, o que pode intensificar ainda mais a seca em todo o país, especialmente na região central e no Norte. Em Manaus, o nível do rio Negro e do Solimões apresentaram queda nas últimas 24 horas.

A seca atual representa um sério problema para o Brasil, aumentando o risco de incêndios e causando estresse na vegetação. Com a continuidade desse cenário, a situação tende a se agravar ainda mais, impactando não apenas o meio ambiente, mas também a economia e a qualidade de vida da população. Medidas urgentes de prevenção e controle da seca precisam ser adotadas para minimizar os impactos dessa crise hídrica no país.

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