Queimadas no Brasil: especialistas alertam para a possibilidade de temporada de incêndios se estender por mais um mês e meio.

A crise das queimadas no Brasil vem chamando a atenção do país há duas semanas, com a fumaça dos incêndios cobrindo o céu de norte a sul. Estados como São Paulo tiveram aulas suspensas e voos cancelados em meio a essa situação, que ainda está longe de acabar. Mais de 135 mil focos de incêndio já foram registrados até a última terça-feira, representando um aumento de 101% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, está lidando com uma das piores crises de sua gestão, afirmando que apenas a contratação de mais brigadistas não resolverá o problema das queimadas. Ele destaca que a conjunção de fatores, como as mudanças climáticas e a destruição das florestas nativas do país, tem contribuído para esse cenário alarmante.

Agostinho reforça que as queimadas estão ligadas à ação humana, com grileiros recorrendo ao fogo para expandir áreas destinadas à pecuária, especialmente no sul da Amazônia. Ele aponta a seca extrema como um facilitador para essas ações, ampliando a degradação das florestas.

O presidente do Ibama critica a impunidade ambiental no país, defendendo penas mais duras para os crimes ambientais. Ele destaca a necessidade de uma mudança na sociedade e de mais investimentos em tecnologias para prevenção e combate às queimadas.

Agostinho ressalta que as mudanças climáticas trouxeram novos desafios e que a sociedade precisa agir de forma mais proativa diante desse cenário. Ele destaca a importância de um plano de prevenção eficaz para os biomas brasileiros e a necessidade de avaliar e reavaliar constantemente as ações de combate aos incêndios florestais.

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