Segundo as informações disponíveis, as prisões foram decorrentes de fraudes identificadas durante o processo de licitação, com o intuito de beneficiar empresários do ramo funerário. Em um vídeo divulgado em suas redes sociais, o prefeito Salvaro afirmou ser inocente, alegando que está sendo alvo da investigação por motivos eleitorais, e atribuiu a culpa aos seus oponentes.
A defesa do prefeito, representada pelo escritório Abreu & Silvia Advogados Associados, se manifestou por meio de nota, expressando surpresa em relação à prisão e ressaltando a falta de elementos novos que justificassem a medida extrema. Além disso, a defesa argumentou que não há fundamentos nas acusações apresentadas pelo Ministério Público que caracterizem qualquer conduta criminosa por parte do prefeito.
A Operação Caronte está sendo conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas) e pelo Geac (Grupo Especial Anticorrupção), ambos vinculados ao Ministério Público de Santa Catarina. Os presos foram submetidos a exames de corpo de delito e transferidos para o sistema prisional, onde aguardarão audiência de custódia.
Este é mais um desdobramento das investigações que começaram em agosto, quando sete pessoas foram presas na primeira fase da operação, incluindo o ex-secretário de Assistência Social do município Bruno Ferreira. Todos os envolvidos foram denunciados pelo Ministério Público por crimes como organização criminosa, fraudes licitatórias, corrupção e outros delitos.
Até o momento, a Procuradoria-Geral do Município de Criciúma não emitiu um comunicado oficial sobre o caso, reiterando apenas que os serviços públicos municipais estão sendo prestados normalmente. Salvaro, que está no final de seu segundo mandato como prefeito, segue atuando na campanha para eleger seu aliado Vaguinho. O prefeito pediu apoio ao candidato e afirmou que continuará ao seu lado em todos os momentos.
