O senador Carlos Portinho (PL-RJ) foi incisivo ao anunciar que seria protocolado um pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes na Casa, com assinaturas de deputados federais e cidadãos de todo o país. Portinho e outros senadores como Magno Malta (PL-ES), Eduardo Girão (Novo-CE) e Flávio Azevedo (PL-RN) argumentaram a favor da abertura do processo de impedimento, enfatizando o suposto desrespeito do ministro à liberdade de expressão garantida pela Constituição.
Por outro lado, senadores alinhados ao governo, como Omar Aziz (PSD-AM), Otto Alencar (PSD-BA) e Flávio Arns (PSB-PR), defenderam a postura de Pacheco e refutaram as críticas da oposição, destacando a importância de preservar a democracia e o Estado de Direito. Posicionaram-se contrários ao impeachment de Moraes e ressaltaram a atuação do ministro em defesa da democracia.
Durante o debate, também houve momentos de tensão e confronto entre os parlamentares, com trocas de acusações e posições firmes em relação ao caso. A Mesa do Senado foi pressionada a aceitar o pedido de impeachment e abrir o processo, enquanto Pacheco se manifestou com cautela e respeito às opiniões divergentes.
O artigo 52 da Constituição Federal de 1988 dá competência exclusiva ao Senado Federal para processar e julgar ministros do STF em casos de crimes de responsabilidade, o que aumenta a pressão sobre a Casa para decidir sobre o destino de Alexandre de Moraes. O desfecho desse episódio promete ser longo e controverso, refletindo a polarização política e jurídica que permeia o cenário nacional.