Ulysses Pernambucano, além de coordenar essa emblemática missão, também teve participação ativa em diversos estudos e pesquisas arqueológicas. Ele publicou mais de 30 trabalhos relacionados à preservação do patrimônio cultural, destacando-se por seus achados, como o Palácio Friburgo em Recife e o mapeamento de fortificações no Nordeste. Além disso, desenvolveu estudos na baía de Guanabara, no Rio de Janeiro.
Nascido em 1946, no Recife, Ulysses Pernambucano de Mello, Neto, sempre demonstrou interesse pelas pesquisas, seguindo os passos do seu pai, o historiador José Antônio Gonsalves de Mello. Após cursar direito na Universidade Federal de Pernambuco e atuar como juiz do trabalho, ele decidiu abandonar essa carreira em busca do seu sonho na arqueologia, especializando-se em história e história da arte.
Durante a sua vida, Ulysses não apenas se dedicou à arqueologia, mas também se envolveu em questões ambientais, sendo presidente da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco e atuando na Associação Pernambucana de Defesa da Natureza.
Infelizmente, Ulysses Pernambucano faleceu em 9 de agosto, aos 78 anos, após enfrentar uma batalha contra a leucemia. Sua partida deixa um legado significativo na arqueologia brasileira e um vazio na comunidade científica. A sua esposa, Virgínia, seus filhos, Ana e Daniel, e seus netos, ficam como testemunhos do seu legado e dedicação à pesquisa arqueológica no Brasil.