Além disso, a situação climática nos próximos meses não traz boas notícias, uma vez que a previsão é de chuvas abaixo da média entre setembro e novembro. Com isso, a expectativa é que a fumaça e o fogo continuem afetando não apenas a Amazônia, mas também se espalhem por outras regiões do país.
Entre os estados que compõem a Amazônia, o Pará lidera os registros de incêndios, com 13.803 focos, seguido pelo Amazonas, que atingiu um recorde histórico de 10.328 focos, e por Mato Grosso, com 7.046 registros. Especificamente no Amazonas, municípios como Apuí e Lábrea apresentaram um aumento significativo no número de focos, o que evidencia a gravidade da situação na região sul do estado.
A fumaça resultante dos incêndios na Amazônia tem impactado a qualidade do ar em cidades como Rio Branco, no Acre, e Porto Velho, em Rondônia, onde os índices de material particulado ultrapassaram os níveis considerados seguros pelo Conama. A população local tem sido orientada a evitar atividades físicas ao ar livre e a utilizar máscaras de proteção.
Segundo especialistas do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), a perspectiva para os próximos meses não é favorável, com a continuidade dos incêndios e da fumaça se deslocando para o Sul e Sudeste do país. Infelizmente, a previsão de chuvas abaixo da média mantém o cenário de alerta para a região.
A situação climática atual demanda medidas urgentes para conter os incêndios, proteger a biodiversidade da região amazônica e garantir a saúde e segurança das populações afetadas. A conscientização e ações efetivas são fundamentais para enfrentar essa crise ambiental.