Amazonia brasileira registra recorde com mais de 38 mil focos de incêndio em agosto, aponta Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.

Agosto de 2024 registrou um recorde alarmante de incêndios na Amazônia brasileira, com um total de 38.266 focos de fogo detectados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Comparado aos dados desde 2005, esse número é o mais alto já registrado, indicando uma tendência preocupante para a região.

Além disso, a situação climática nos próximos meses não traz boas notícias, uma vez que a previsão é de chuvas abaixo da média entre setembro e novembro. Com isso, a expectativa é que a fumaça e o fogo continuem afetando não apenas a Amazônia, mas também se espalhem por outras regiões do país.

Entre os estados que compõem a Amazônia, o Pará lidera os registros de incêndios, com 13.803 focos, seguido pelo Amazonas, que atingiu um recorde histórico de 10.328 focos, e por Mato Grosso, com 7.046 registros. Especificamente no Amazonas, municípios como Apuí e Lábrea apresentaram um aumento significativo no número de focos, o que evidencia a gravidade da situação na região sul do estado.

A fumaça resultante dos incêndios na Amazônia tem impactado a qualidade do ar em cidades como Rio Branco, no Acre, e Porto Velho, em Rondônia, onde os índices de material particulado ultrapassaram os níveis considerados seguros pelo Conama. A população local tem sido orientada a evitar atividades físicas ao ar livre e a utilizar máscaras de proteção.

Segundo especialistas do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), a perspectiva para os próximos meses não é favorável, com a continuidade dos incêndios e da fumaça se deslocando para o Sul e Sudeste do país. Infelizmente, a previsão de chuvas abaixo da média mantém o cenário de alerta para a região.

A situação climática atual demanda medidas urgentes para conter os incêndios, proteger a biodiversidade da região amazônica e garantir a saúde e segurança das populações afetadas. A conscientização e ações efetivas são fundamentais para enfrentar essa crise ambiental.

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