Brasil registra mais de 154 mil focos de calor no início de setembro, com Amazônia concentrando maior número de incêndios.

O Brasil enfrenta um cenário preocupante com o aumento do número de focos de calor registrados no início do mês de setembro. Segundo o Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram contabilizados 154 mil focos este ano, com a maior concentração de fogo na Amazônia, representando 42,7% dos registros nos últimos dias.

Os dados divulgados pelo Inpe são gerados a partir de imagens de satélite, que podem captar áreas variadas e identificar tanto focos individuais quanto múltiplos. Portanto, um único foco pode representar diversas frentes de fogo ativas, enquanto uma grande frente de fogo pode ser detectada por mais de um satélite, gerando múltiplos registros.

Comparando com boletins anteriores, o avanço dos focos de calor pelos biomas brasileiros é evidente, com um aumento significativo em relação aos registros até o final de agosto. Embora a Amazônia seja a mais atingida, o município de Corumbá, em Mato Grosso do Sul, é o mais afetado, com 4.245 focos identificados. Em seguida está Apuí, no Amazonas, com 3.401 focos registrados até o último dia de agosto.

O impacto do fogo na natureza já é alarmante, com mais de 5,5 milhões de hectares consumidos na Amazônia e 2,5 milhões de hectares devastados no Pantanal em 2024. Para combater esses incêndios, o Ministério do Meio Ambiente informou que 1.468 brigadistas do Ibama e ICMBio estão atuando na Amazônia, enquanto no Pantanal cerca de 391 profissionais dos mesmos órgãos contam com o apoio das Forças Armadas, Força Nacional de Segurança Pública, Polícia Federal, além de aeronaves e embarcações do governo federal.

Diante da gravidade da situação, o Supremo Tribunal Federal determinou um prazo de 15 dias para que o governo federal intensifique as ações de combate ao fogo na Amazônia e no Pantanal. Uma audiência de conciliação marcada para o dia 10 de setembro avaliará o cumprimento desta medida em meio às preocupações com a preservação ambiental e a vida silvestre nessas regiões.

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