Mesmo com avanços na representatividade feminina e de pessoas de gêneros diversos nos espaços de poder, a violência política de gênero ainda é uma realidade preocupante. A senadora Augusta ressaltou que essa forma de violência se manifesta de diversas maneiras, como ameaças, assédio, difamação e discriminação, prejudicando a liberdade de expressão e a capacidade das pessoas de exercerem seus mandatos políticos de forma plena.
Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontam um aumento significativo de 200% nas denúncias de violência política contra mulheres entre 2016 e 2020. Além disso, um estudo da Organização dos Estados Americanos (OEA) revelou que mais de 80% das mulheres eleitas na América Latina já sofreram algum tipo de violência política de gênero.
No contexto brasileiro, a situação se mostra ainda mais alarmante. Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) demonstrou que 45% das mulheres eleitas para cargos legislativos em 2020 relataram ter sido vítimas de violência política durante a campanha ou no exercício do mandato.
Diversas autoridades participaram da audiência, como a ministra do TSE, Edilene Lôbo, a diretora-geral da Escola Superior do Ministério Público da União, Raquel Branquinho, a coordenadora do Observatório da Violência contra a Mulher da Defensoria Pública da União, Rafaella Mikos Passos, e a coordenadora do Observatório da Mulher Contra a Violência do Senado Federal, Maria Teresa Firmino Prado Mauro. A comissão ainda aguarda a confirmação de outros convidados de destaque.
O evento ocorreu na sala 7 da ala Alexandre Costa e teve como objetivo promover o debate e a conscientização sobre a violência política de gênero, visando buscar soluções e medidas eficazes para coibir essa prática nociva à democracia e à participação das mulheres na política.
