Segundo relatos de passageiros, a espera por um ônibus pode chegar a horas, comprometendo os planos de lazer e a mobilidade dos moradores. Para muitos, a experiência de utilizar o transporte público aos domingos tem se tornado desestimulante devido aos problemas enfrentados.
Nos primeiros seis meses de implementação do programa, mais de 105 milhões de pessoas foram transportadas, representando um aumento de 29% no número de passageiros aos domingos em comparação com anos anteriores. No entanto, especialistas apontam a falta de planejamento na distribuição da frota de ônibus como um dos principais problemas enfrentados pelo programa.
De acordo com Rafael Calabria, especialista em mobilidade urbana, a SPTrans precisa realizar uma análise técnica mais moderna para avaliar a demanda de cada região e garantir um serviço de qualidade para os usuários. Além disso, dados obtidos pelo Idec indicam uma redução de 20% na frota de ônibus na cidade nos últimos quatro anos, o que pode contribuir para os problemas relatados.
Moradores de diferentes regiões da cidade, como Capão Redondo, Jardim Ângela e Vila Nova Jaguaré, apontam dificuldades semelhantes na utilização do transporte público gratuito aos domingos. A lotação dos ônibus, a demora para o embarque e a redução no número de viagens realizadas são alguns dos desafios enfrentados pelos passageiros.
Diante dessas questões, os moradores têm buscado alternativas, como o transporte intermunicipal pago, para evitar as dificuldades encontradas nos ônibus municipais. Com relatos de usuários sobre a superlotação e a falta de veículos disponíveis, fica evidente a necessidade de ajustes e melhorias no programa Domingão Zero para garantir um serviço acessível e eficiente para todos os paulistanos.
