A pena imposta pelo júri leva em consideração as acusações de quatro homicídios e cinco tentativas de homicídio qualificados, motivados por razões torpes, meio cruel, vítimas menores de 14 anos e dificultando a defesa das mesmas. O Ministério Público de Santa Catarina, responsável pela denúncia, comemorou a decisão esperada, buscando a aplicação da pena máxima permitida pela legislação.
Durante o julgamento, familiares das vítimas e funcionários da creche se posicionaram do lado de fora do prédio, exigindo justiça diante da tragédia que marcara o país e a comunidade internacional. Os trabalhos iniciaram pela manhã, com o sorteio dos sete jurados, e se estenderam ao longo do dia com depoimentos de testemunhas e a defesa do réu.
Os promotores reforçaram a gravidade do crime cometido pelo réu, que chegou armado à creche e iniciou o terrível ataque. Quatro crianças perderam suas vidas no local, enquanto outras quatro foram feridas e hospitalizadas. O acusado, posteriormente, se rendeu em um batalhão da Polícia Militar e aguardava julgamento desde o momento da denúncia oficializada.
Diante da comoção nacional provocada por esse ato de extrema violência, foi criado um comitê permanente em Santa Catarina para a promoção da paz nas escolas, visando prevenir situações semelhantes no futuro. A condenação do réu a 220 anos de prisão representa uma forma de aplicar justiça diante de uma tragédia que marcará a história da região de Blumenau e de todo o país.