Alcyr Mesquita Cavalcanti, fotógrafo renomado, deixa legado marcante no jornalismo brasileiro após falecer aos 88 anos.

O renomado fotógrafo Alcyr Mesquita Cavalcanti, conhecido por seu olhar único e sua dedicação ao jornalismo, faleceu aos 88 anos no último dia 4 de agosto. Sua vida foi marcada por uma paixão incansável pela captura do “momento único, o instante definitivo que não se repetirá”, como ele mesmo descreveu. Desde jovem, Alcyr cultivava o hábito de manter sua câmera fotográfica ao lado da cama, pronto para registrar a qualquer momento a paisagem ao amanhecer ou uma notícia inesperada que pudesse surgir.

Nascido e criado no bairro Praça da Bandeira, na zona norte do Rio de Janeiro, Alcyr era um dos seis filhos de um militar da Força Aérea Brasileira e de uma dona de casa. Seu interesse pelo jornalismo foi despertado pela sua paixão pelo cinema, levando-o a fazer um curso de direção cinematográfica no MAM (Museu de Arte Moderna). Logo em seguida, começou a trabalhar em jornais cariocas, trocando a odontologia pelos cliques da câmera.

Ao longo de sua carreira, Alcyr Cavalcanti passou por diversos veículos de comunicação, como o Jornal do Brasil, Última Hora, O Globo e O Dia, sempre em busca do registro mais autêntico da vida na capital fluminense. Seu talento foi reconhecido com prêmios, como o Kodak-Fenaj de 1988, e suas fotografias marcaram momentos icônicos da história brasileira, como a campanha Diretas Já e a tragédia conhecida como “A Queda no Maracanã”.

Além de sua contribuição para o fotojornalismo, Alcyr Cavalcanti também se destacou como mestre em antropologia, professor de história e figura importante em entidades de classe no Rio de Janeiro. Seu último desejo, conhecer Paris, foi realizado meses antes de sua morte, aos 87 anos, uma viagem que o deixou extremamente feliz.

Com a partida de Alcyr Cavalcanti, o jornalismo perde não apenas um talentoso fotógrafo, mas também um visionário que soube capturar a essência de sua época e registrar momentos que ficarão eternizados em suas imagens. Sua esposa, Marlene, e suas filhas Cláudia e Regina, agora guardam com carinho a memória e o legado desse grande profissional.

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