Os resgates ocorreram em 11 diferentes estados brasileiros, com Minas Gerais liderando o número de pessoas libertadas, seguido por São Paulo, Pernambuco e Distrito Federal. As atividades econômicas com maior incidência de trabalho escravo foram a agricultura, construção civil e serviços como restaurantes e bares.
Um dos casos mais chocantes encontrados durante a operação ocorreu em uma clínica de reabilitação em Pernambuco, onde 18 pacientes dependentes químicos eram submetidos a trabalho forçado como parte do processo de internação. Além disso, houve o resgate da pessoa mais idosa já encontrada em condição de escravizada, uma senhora de 94 anos que trabalhava sem salário cuidando de uma patroa com Alzheimer.
A Operação Resgate IV, fruto do esforço conjunto de seis instituições, resultou no resgate de 11,6% mais pessoas em comparação com a edição anterior. Trabalhadores estrangeiros também foram encontrados em situações degradantes, como no caso de quatro argentinos em RS. Os responsáveis por submeter os trabalhadores a essas condições já foram obrigados a desembolsar mais de R$ 1,91 milhão para pagamento de verbas rescisórias.
Roston ressaltou a importância de punir financeiramente os responsáveis para desestimular a exploração do trabalho escravo, destacando que muitas equipes ainda estão em campo realizando cobranças de pagamentos. A luta contra essa prática criminosa segue firme, buscando resgatar e proteger aqueles que estão vulneráveis à exploração e violação de seus direitos humanos.