O anúncio do governo australiano ainda está sujeito à aprovação parlamentar, uma vez que o Senado precisa aprovar a legislação para permitir a imposição dos limites. A pressa em estabelecer essa norma se justifica pelo fato de que o processo de recrutamento e matrícula de estudantes internacionais para o próximo ano já está em andamento e os provedores de educação necessitam saber quantos alunos poderão receber.
Essa limitação se soma a outras mudanças nas regras de visto e migração para estudantes internacionais, totalizando nove alterações no último ano. A consequência dessas medidas ainda é incerta e torna difícil prever o impacto a longo prazo no cenário educacional australiano.
Além disso, as universidades públicas terão um limite combinado de aproximadamente 145 mil novos alunos internacionais, com critérios específicos para o cálculo desse contingente. Universidades renomadas, como as do Grupo dos Oito, serão as mais afetadas, tendo que reduzir suas entradas de alunos em comparação com os anos anteriores.
A decisão do governo australiano também engloba o setor de educação profissionalizante, que terá um limite geral de 95 mil novos alunos internacionais. Provedores com maior concentração de alunos estrangeiros receberão alocações menores, visando incentivar a diversificação no setor.
Essas mudanças na política educacional australiana levantam preocupações sobre o impacto nos empregos nas universidades e na economia como um todo. O debate sobre os limites impostos aos estudantes internacionais continuará no Senado, com a expectativa de que a legislação seja aprovada com algumas especificidades em relação aos detalhes dos limites para os próximos anos.