Repórter São Paulo – SP – Brasil

CEO do InoveBanco é preso em operação da PF sobre lavagem de dinheiro do PCC por meio de bancos digitais.

O empresário Patrick Burnett, CEO do InoveBanco, foi um dos alvos da operação Concierge da Polícia Federal (PF), realizada nesta quarta-feira (28) com o objetivo de investigar suspeitas de crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) por meio de bancos digitais. De acordo com a investigação, o grupo movimentou cerca de R$ 7,5 bilhões.

Além de ser o fundador do banco digital, Burnett também exerce a função de curador de inovação do Lide (Grupo de Líderes Empresariais), criado pelo ex-governador João Doria. O Lide esclareceu que a atuação de Burnett no Lide Inovação é voluntária e que ele nunca ocupou cargos executivos na entidade.

A assessoria do InoveBanco negou veementemente as acusações, afirmando que a empresa não possui relação com os fatos mencionados pelas autoridades policiais e veiculados pela imprensa. A empresa destacou estar disposta a colaborar com as investigações para esclarecer a situação.

Além de Burnett, José Rodrigues, fundador do T10 Bank, também foi preso durante a operação, que ocorreu na cidade de Campinas, interior de São Paulo, onde as duas instituições financeiras digitais têm sede. O T10 Bank emitiu uma nota repudiando as alegações de envolvimento em práticas irregulares.

A Polícia Federal conduziu a operação visando uma organização criminosa suspeita de realizar crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro por meio de bancos digitais não autorizados pelo Banco Central. Os bancos BS2 e Rendimento estão sob investigação.

Ao todo, foram expedidos mandados de prisão preventiva e temporária, além de busca e apreensão contra 59 pessoas físicas e jurídicas. A Receita Federal também participou da operação, identificando que as fintechs investigadas atendiam interesses de empresas sonegadoras.

A operação Concierge recebeu esse nome em referência ao profissional que atende necessidades específicas dos clientes. As autoridades continuarão a investigar o caso para esclarecer as suspeitas de crimes financeiros e lavagem de dinheiro envolvendo os bancos digitais e seus fundadores.

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