Repórter São Paulo – SP – Brasil

Austrália concede residência permanente a cidadãos de Tuvalu devido ao risco de desaparecimento do país devido às mudanças climáticas.

Os cidadãos da nação insular de Tuvalu, localizada na Polinésia, agora terão o direito de residência permanente na Austrália. Esse acordo foi estabelecido devido ao risco iminente que Tuvalu enfrenta de desaparecer do mapa devido às mudanças climáticas e ao aumento do nível do mar. Com uma população de apenas 11 mil habitantes, especialistas alertam que o arquipélago corre o risco de ficar completamente submerso em 100 anos.

O acordo entre os governos de Tuvalu e da Austrália entrou em vigor recentemente, embora tenha sido assinado em novembro do ano passado. Este é o primeiro acordo do tipo onde um país se compromete legalmente a ajudar Tuvalu. O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, descreveu a iniciativa como um “momento histórico e de orgulho para os dois países”, destacando a importância da solidariedade entre nações em tempos difíceis.

O chefe de governo de Tuvalu, Feleti Teo, também comentou sobre a importância do acordo, classificando-o como “inovador”. A parceria entre os dois países prevê que 280 tuvaluanos, cerca de 2,5% da população do arquipélago, poderão viver, trabalhar ou estudar na Austrália com um visto especial a cada ano. Além disso, a Austrália se comprometeu a fornecer assistência em caso de emergências, como desastres naturais, pandemias ou ataques militares.

Em contrapartida, Tuvalu concordou em consultar a Austrália sobre qualquer novo envolvimento com governos estrangeiros no que diz respeito à defesa e segurança, especialmente devido aos esforços da China em expandir sua influência no Pacífico Sul. Esse modelo de acordo já foi estabelecido pelos Estados Unidos com outras nações vulneráveis do Pacífico, incluindo Palau e as Ilhas Marshall, envolvendo não apenas apoio econômico, mas também acesso militar estratégico a áreas marinhas.

Tuvalu, composto por nove ilhas e situado a nordeste da Austrália, possui uma altura média de apenas dois metros acima do nível do mar, com seu ponto mais alto elevando-se a apenas cinco metros. Esse cenário torna o arquipélago altamente vulnerável aos impactos das mudanças climáticas e do aumento do nível do mar, destacando a urgência da necessidade de medidas de proteção e assistência como as previstas neste acordo com a Austrália.

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