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Aumento de casos de SRAG em todas as faixas etárias analisadas e crescimento do vírus entre jovens preocupa especialistas

O mais recente Boletim InfoGripe divulgado pela Fiocruz nesta quinta-feira (29) trouxe dados preocupantes sobre a situação da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no país. De acordo com as informações disponibilizadas, houve um aumento significativo de casos em todas as faixas etárias analisadas, com destaque para a manutenção do crescimento do Sars-CoV-2 (covid-19) entre os idosos e o início de um aumento na faixa etária de 15 a 64 anos.

Além disso, o boletim apontou uma diminuição no número de casos dos vírus influenza A e sincicial respiratório (VSR) em grande parte do território nacional. No entanto, o rinovírus tem apresentado uma tendência de aumento em diversos estados do país, se mantendo como a principal causa de incidências de SRAG entre crianças e adolescentes de 2 a 14 anos.

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) retomou a divulgação do Panorama da Covid-19 diante do aumento nos indicadores da doença detectado pelo Centro de Inteligência em Saúde do estado (CIS-RJ). Os dados registrados nas últimas semanas epidemiológicas apontam um crescimento sustentado a partir da semana 29, com aumento na taxa de positividade e nos atendimentos em unidades de Pronto Atendimento.

Tatiana Portella, pesquisadora do Boletim InfoGripe, alertou para a possibilidade de aumento de casos de covid-19 em outros estados devido ao fluxo de pessoas entre São Paulo e demais regiões. Ela destacou a importância da vacinação contra o vírus, especialmente para os grupos de risco, e ressaltou a necessidade de manter a vigilância em relação aos sintomas e à circulação do vírus.

Em meio ao cenário de aumento de casos, a pesquisadora enfatizou a importância da vacinação contra a influenza, destacando que, apesar da diminuição de casos no país, o vírus continua sendo uma das principais causas de óbitos por SRAG entre os idosos. A incidência e mortalidade de SRAG nas últimas semanas também revelam um impacto maior nos extremos das faixas etárias, com as crianças menores de dois anos sendo afetadas principalmente pelo VSR e rinovírus, enquanto os idosos são mais impactados pela influenza A e covid-19.

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