Cerca de 20 pessoas participaram do protesto, interditando um trecho da rodovia e ateando fogo em pneus. Os pescadores espalharam peixes pela pista como forma de chamar a atenção para a situação crítica. Eles reivindicam que a água do rio seja submetida a análises físico-químicas, alegando que os peixes estão morrendo contaminados por substâncias tóxicas provenientes de produtos químicos utilizados na construção de um aterro às margens do Santa Maria.
Após negociações, representantes do grupo de pescadores conseguiram marcar uma reunião com o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) para discutir a situação. Durante o encontro, ficou acordado que o Iema, juntamente com os pescadores, irá mapear os locais onde houve maior registro de mortandade de peixes e realizar novas coletas de amostras para análises laboratoriais.
O diretor-geral do instituto, Mário Louzada, afirmou que o Iema está empenhado em investigar as possíveis causas da mortandade dos peixes e conta com a colaboração dos pescadores para identificar os pontos críticos. O órgão também destacou que realizou vistorias tanto na margem do rio quanto por meio de barcos e drones, não encontrando indícios de contaminação. Medidas como a medição da oxigenação, temperatura e condutividade da água foram tomadas e se encontram dentro da normalidade.
Os pescadores relatam ter retirado toneladas de peixes mortos da região e observado mortes de outros animais silvestres, como cobras, e crustáceos, como caranguejos. Diante do cenário preocupante, os pescadores suspenderam suas atividades e os moradores da região deixaram de adquirir peixes do local. As autoridades estão sendo pressionadas a investigar e resolver o problema, que afeta diretamente a subsistência dos trabalhadores e a saúde ambiental da região.
