O governo federal levantou a hipótese de que os incêndios tenham sido criminosos, investigando se têm relação com ações semelhantes ocorridas em 2019 no Pará, no chamado “dia do fogo”. Um estudo do Ipam apontou que os focos de incêndio surgiram quase simultaneamente, principalmente em áreas agropecuárias destinadas ao cultivo de cana-de-açúcar e pastagens.
Apesar de seis pessoas já terem sido detidas desde o início da propagação dos incêndios, o governador Tarcísio de Freitas, do partido Republicanos, afirmou que não há indícios de que as ações tenham sido articuladas. A investigação enfrenta dificuldades devido à dispersão dos focos de incêndio em diferentes locais.
Os danos causados pelos incêndios foram severos, com registros de mortes, bloqueio de rodovias e lavouras de cana-de-açúcar e usinas de açúcar e etanol atingidas. Empresas do setor oferecem recompensa para quem apontar os responsáveis pelas queimadas, que já somam prejuízos estimados em mais de R$ 500 milhões.
Além das áreas rurais, os incêndios também atingiram centros de pesquisa, acampamentos de sem-terra e até locais utilizados pela polícia. A cidade de Olímpia teve 20% de suas áreas agricultáveis afetadas, com prejuízos que podem chegar a R$ 100 milhões. A assistência aos produtores rurais e os trabalhos de limpeza e reparo nas áreas atingidas ainda estão em andamento para evitar novos incidentes.
Os impactos ambientais e econômicos dos incêndios no interior de São Paulo são significativos e exigem medidas urgentes para conter a situação e responsabilizar os culpados pelos danos causados.