Repórter São Paulo – SP – Brasil

Estudante de 17 anos é baleada por agente da GCM em São Paulo; polícia investiga caso no Capão Redondo.

Na madrugada da última sexta-feira, a cidade de São Paulo foi palco de uma tragédia que chocou a população. A estudante Camilly Pereira de Lima, de apenas 17 anos, foi vítima de um disparo fatal pelas costas desferido por um agente da Guarda Civil Metropolitana (GCM) no bairro do Capão Redondo, zona sul da capital paulista. A Polícia Civil está investigando o caso para esclarecer os detalhes desse triste acontecimento.

Camilly, que sonhava em se tornar advogada, estava na garupa da motocicleta conduzida por seu namorado, um jovem de 20 anos, quando foi atingida pelo disparo. Essa fatalidade interrompeu precocemente a vida de uma jovem cheia de sonhos e paixões. Seu pai, Sidney dos Santos, de 44 anos, lembra com carinho da filha, que gostava de exibir sua paixão pelo Palmeiras em fotos.

O agente da GCM responsável pelo disparo, Marcelo Teles dos Santos, de 35 anos, alegou que se assustou com barulhos que interpretou como tiros de arma de fogo, levando-o a atirar na direção dos motoqueiros que passavam pela rua. O namorado de Camilly, em seu depoimento, relatou que ouviu o disparo e percebeu que sua companheira havia sido atingida, correndo imediatamente em busca de socorro.

A família da jovem obteve vídeos de câmeras de segurança que registraram parte da perseguição da GCM à motocicleta, evidenciando que o relato dos guardas contradiz as imagens. O advogado de defesa de Marcelo Teles dos Santos argumenta que os vídeos são inconclusivos e que outras provas serão apresentadas no momento adequado.

Diante dos fatos, o delegado responsável pelo caso determinou o indiciamento do agente da GCM por homicídio culposo. A eleição municipal se aproxima, e a segurança pública se tornou um dos temas mais discutidos pelos candidatos, levantando questões sobre a atuação da GCM e o aumento do efetivo.

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Segurança Urbana, garantiu que o episódio está sendo investigado pela Corregedoria Geral da GCM e que a guarda atua de acordo com princípios de respeito à dignidade humana e uso progressivo da força. Enquanto o caso segue em investigação, a família de Camilly encontra-se em luto, clamando por justiça e respostas sobre a tragédia que ceifou a vida de uma jovem cheia de sonhos e esperanças.

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