Segundo informações reveladas pela imprensa, o youtuber foi autorizado pelo comando da PM para realizar as filmagens, onde posou com uma arma e participou da perseguição policial. A repercussão do caso resultou no afastamento de cinco policiais envolvidos nas filmagens, após intervenção do governador Tarcísio de Freitas.
Em seu mais recente vídeo, Kimura respondeu as questões levantadas pela imprensa e esclareceu que a arma que segurou estava sem munição e que a segurança era uma das principais prioridades durante sua interação com a PM. Ele também lamentou o afastamento dos policiais e mencionou cortes de sua passagem pela Polícia Científica de SP, não explorada em episódios anteriores de seu canal.
Apesar de entender a visão dos críticos que interpretaram suas ações como uma forma de utilizar a realidade brasileira para engajar seu público americano, Kimura afirmou que poderia ter tomado medidas mais apropriadas, como usar identificações adequadas. Ele também mencionou uma suposta tentativa da mídia tradicional de descredibilizar jornalistas independentes, ao construir uma narrativa negativa a partir do vídeo.
A Ouvidoria da Polícia de São Paulo apontou pelo menos quatro irregularidades durante a visita de Kimura ao batalhão, como o uso de equipamento restrito da PM por civis e incursões em domicílios sem mandado. Além disso, foi considerado ultrajante o registro de um policial comemorando mortes em confrontos. O sargento da PM que fez tal declaração está entre os policiais acusados de participação na morte de nove pessoas em Paraisópolis.
Kimura declarou que o afastamento dos policiais o levou a repensar sua missão na internet e considerar fechar o canal. No entanto, ele se recusou a entrar em detalhes sobre as acusações aos envolvidos para evitar mais polêmicas. A Polícia Militar, ao ser questionada sobre a nova publicação de Kimura, reforçou que os cinco agentes continuam afastados e que a apuração dos fatos está sendo conduzida pela Corregedoria da PM.
Assim, o youtuber Gen Kimura se tornou alvo de intensas discussões sobre ética, responsabilidade e o papel dos influenciadores nas redes sociais, ao envolver-se em uma situação polêmica com a Polícia Militar de São Paulo. A repercussão do caso evidencia as complexidades das interações entre criadores de conteúdo e autoridades, gerando reflexões sobre os limites da produção de conteúdo online.
