Maduro anuncia megaeleições na Venezuela para 2025 abrangendo cargos estaduais e municipais, Assembleia Nacional e legislativos locais.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta segunda-feira (26) que o país realizará eleições em 2025 para a Assembleia Nacional, os 23 governos estaduais e as 335 prefeituras, além dos legislativos locais. Maduro chamou o pleito de “mãe de todas as eleições” e afirmou que já estão se preparando para o processo eleitoral.

No último domingo (25), a Venezuela realizou eleições para selecionar projetos para as comunas existentes no país, totalizando cerca de 4,5 mil. O anúncio das “megaeleições” para 2025 é uma forma de rebater as críticas de que o país estaria sob uma ditadura e de que teria ocorrido fraude nas eleições presidenciais de 28 de julho.

Maduro destacou que em 21 anos de revolução já foram realizadas 31 eleições, das quais o governo ganhou 29. Ele argumentou que a oposição denuncia fraude apenas quando não vence e defendeu que candidatos e partidos que não reconhecem as instituições venezuelanas não deveriam participar das próximas eleições.

O presidente venezuelano mencionou ainda a estratégia da oposição em denunciar fraudes nas eleições, levando parte dos partidos para fora do jogo político legal do país. Ele citou o caso do deputado Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente da Venezuela em 2019, e ressaltou que o governo tem defendido alterações na lei eleitoral para proibir candidaturas que não reconheçam a reeleição de Maduro.

Em relação às acusações de fraude nas eleições de julho, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou que irá publicar os dados no Diário Oficial do país até o dia 30 de agosto, conforme determina a Lei Orgânica dos Processos Eleitorais. A suspensão de auditorias após a votação alimentou suspeitas sobre os resultados.

O anúncio das eleições para 2025 foi feito por Maduro durante a 11ª Cúpula da ALBA-TCP, que reúne países como Cuba, Bolívia, Nicarágua, Venezuela e países caribenhos. A ALBA manifestou apoio à reeleição de Nicolás Maduro.

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