Essa declaração de Khamenei estabeleceu limites claros para qualquer negociação que ocorra sob o atual governo do presidente reformista Masoud Pezeshkian, reforçando a posição de que não se pode depositar total confiança nos EUA. No entanto, o aiatolá também ressaltou que não é contraditório negociar com o inimigo em determinadas situações, demonstrando uma abertura para o diálogo.
As declarações de Khamenei reacendem a discussão em torno do acordo nuclear de 2015 entre o Irã e as potências mundiais, que foi duramente contestado pelo governo de Donald Trump. Ainda há incertezas sobre a margem de manobra que Pezeshkian terá para conduzir as negociações, especialmente em um contexto de tensão no Oriente Médio devido ao conflito entre Israel e Hamas.
Como líder supremo, Khamenei possui a palavra final em questões de Estado no Irã. Sua postura oscilante em relação às negociações com os EUA reflete a complexidade das relações internacionais e a influência das disputas geopolíticas na região. Resta aguardar para ver como esses novos sinais de abertura ao diálogo serão recebidos pelos Estados Unidos e pela comunidade internacional.