Segundo o MP, a manutenção da página com as supostas atas pode configurar diversos crimes, como usurpação de funções, forjamento de documento público, instigação à desobediência das leis, delitos informáticos, associação para delinquir e conspiração. O órgão destaca que apenas o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) tem competência para divulgar os resultados eleitorais na Venezuela.
O candidato da oposição, que alega ter vencido a eleição contra Nicolas Maduro, criticou a atitude do fiscal-geral venezuelano, questionando a imparcialidade do órgão e as condições da convocação para esclarecimentos. Essa situação gerou ainda mais tensão política no país, que já enfrenta uma série de protestos e acusações mútuas entre o governo e a oposição.
O governo de Maduro acusa González e María Corina Machado de serem os responsáveis pela violência nos protestos pós-eleitorais, enquanto a oposição denuncia fraudes na votação e repressão contra os manifestantes. Organizações de direitos humanos relatam prisões arbitrárias e confrontos que resultaram em mortes e feridos, agravando a crise política e social na Venezuela.
Diante desse cenário conturbado, a convocação de González pelo MP evidencia as tensões e a polarização política no país, com implicações que podem gerar impactos significativos no cenário eleitoral e nas relações entre governo e oposição. A luta pelo poder e a contestação dos resultados eleitorais continuam a alimentar a instabilidade e a incerteza na Venezuela.